Polícia
Homem que manteve mulher e criança reféns em Bady Bassitt é condenado a 4 anos de prisão
Marcas de sangue na parede da casa onde a mulher e a criança foram mantidas reféns (Reprodução)
Policiais militares negociaram por duas horas a libertação das vítimas
A Justiça condenou um pedreiro de 32 anos a quatro anos e oito meses de prisão por manter a companheira e o enteado, de oito anos, reféns durante uma crise de ciúme, agravada pelo consumo de droga. Ele foi condenado ainda por lesão corporal contra a mulher, que sofreu cortes nas mãos enquanto tentava segurar uma faca que era pressionada no pescoço dela. O caso aconteceu em outubro do ano passado, em Bady Bassitt, e mobilizou policiais militares que negociaram durante duas horas a liberação da vítima. Segundo informações do processo, durante a madrugada o homem chegou em casa sob efeito de droga, achou que tinha alguém na residência, trancou portas e janelas e rendeu a companheira com uma faca. Ele afirmava que a vítima estava o traindo e que se a residência fosse invadida, a mataria. A mulher pediu socorro para o filho, que estava dormindo, e o garoto telefonou para a Polícia Militar. Quando as equipes chegaram, os policiais conseguiram convencer o homem a liberar a criança, mas a mulher permaneceu sentada com ele em um dos corredores da casa, com a faca no pescoço. Havia manchas de sangue por vários cômodos. Após duas horas de negociação, ele se rendeu. Em juízo, o homem mudou a versão e justificou que estava sendo ameaçado por um traficante para quem devia dinheiro e que deitou no chão com a companheira para protegê-la. A alegação não convenceu o juiz Cristiano Mikhail. “Tais circunstâncias jogam completamente por terra a tese defensiva de que o acusado estaria apenas ‘protegendo’ as vítimas de um suposto indivíduo que estaria no quintal da residência, já que, caso isso fosse verdade, não faria sentido algum que o mesmo colocasse uma faca no pescoço de sua companheira e a mantivesse sob seu poder por quase três horas mesmo após a chegada dos policiais”, escreveu. A vítima não foi localizada pelo oficial de justiça, por isso não participou do julgamento. A mãe dela afirmou que há tempos não sabe o paradeiro da filha. O juiz negou a possibilidade de o réu recorrer da sentença em liberdade.
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