Rio Grande do Sul - Profissionais selecionados para contribuir no Combate as enchentes e doenças
Canoas, uma das cidades mais atingidas pelas recentes enchentes no Rio Grande do Sul, tem contado com a valiosa ajuda de diversos profissionais da saúde para mitigar os impactos da tragédia. Entre esses dedicados trabalhadores está o biólogo Alessandro Dias Leite, um especialista com mais de 15 anos de experiência no controle de pragas e vetores de Cedral SP, que foi chamado após um cadastro e aprovado para ser voluntário como profissional da saúde. Formado em Ciências Biológicas, com pós-graduação em Saúde da Família pela UNIFESP e atualmente mestrando em Saúde Pública, Alessandro foi convidado para integrar uma equipe multidisciplinar que está atuando diretamente nas áreas mais afetadas. Biólogo foi chamado para desempenhar um papel crucial no controle das doenças que se espalham rapidamente em situações de calamidade. Sua principal missão tem sido focar na prevenção e controle da leishmaniose, uma doença grave que pode ser transmitida tanto a humanos quanto a animais.
Contudo, a alta demanda e a urgência das necessidades locais expandiram o escopo do trabalho de Alessandro e dos demais profissionais da saúde. Além de seu trabalho especializado, Alessandro também tem se dedicado a outras tarefas essenciais, como a limpeza de abrigos, cuidados com os animais resgatados, descarregamento de caminhões de doações e assistência direta às pessoas afetadas. Este esforço conjunto tem sido crucial para interromper a transmissão de doenças e fornecer suporte imediato à comunidade. O suporte logístico e de transporte foi provido pelas Forças Aéreas Brasileiras e pelo Exército, que garantiram que os profissionais de saúde chegassem rapidamente às áreas necessitadas. Empresários também têm contribuído na gestão e organização dos recursos, demonstrando um esforço coletivo em prol da recuperação da cidade.
Alessandro destacou a importância de manter o controle emocional e a fé em Deus para lidar com a magnitude da destruição e realizar um trabalho eficaz. "Ver tudo isso de perto é desafiador, mas manter a calma e a fé é fundamental para conseguirmos ajudar da melhor forma possível", afirmou o biólogo. A atuação de Alessandro Dias Leite em Canoas exemplifica a dedicação e o esforço incansável dos profissionais da saúde em tempos de crise, sublinhando a importância do trabalho voluntário e da colaboração entre diferentes setores da sociedade para enfrentar desafios emergenciais. As enchentes trazem uma série de desafios e riscos à saúde pública, exacerbando a propagação de várias doenças. A água estagnada e contaminada, a destruição de infraestrutura e o deslocamento populacional criam um ambiente propício para o surgimento e disseminação de diversas enfermidades. Entre as principais doenças pós-enchentes, destacam-se: 1. Leptospirose: Causada por uma bactéria presente na urina de roedores e outros animais, a leptospirose é comum em áreas alagadas. A infecção ocorre quando a pele, especialmente se houver cortes ou feridas, entra em contato com a água contaminada.
Os sintomas incluem febre alta, dores musculares, calafrios e, em casos graves, pode levar a complicações renais e hepáticas. 2. Hepatite A: Esta doença viral é transmitida pelo consumo de água ou alimentos contaminados com fezes infectadas. Em situações de enchentes, a contaminação de reservatórios de água potável aumenta significativamente o risco de surtos de hepatite A. Os sintomas incluem icterícia, fadiga, dor abdominal e náuseas.3. Diarreias e doenças gastrointestinais: A contaminação da água com resíduos fecais e a falta de saneamento adequado são comuns após enchentes, levando a um aumento na incidência de doenças gastrointestinais. Patógenos como Escherichia coli, Salmonella e outros agentes causadores de diarreia podem se proliferar rapidamente. A desidratação é uma complicação grave, especialmente em crianças e idosos. 4. Dengue, Zika e Chikungunya: As enchentes criam locais ideais para a reprodução de mosquitos, especialmente o Aedes aegypti, transmissor de dengue, Zika e Chikungunya.
A água parada se torna um criadouro para esses insetos, aumentando o risco de surtos dessas doenças. Febre, dor nas articulações, erupções cutâneas e, no caso da Zika, complicações neurológicas e microcefalia em bebês são sintomas associados a essas infecções. 5. Tétano: A bactéria Clostridium tetani, causadora do tétano, pode ser encontrada no solo e em objetos contaminados. Durante enchentes, as pessoas podem sofrer ferimentos ao caminhar em áreas inundadas, expondo-se ao risco de infecção. O tétano provoca espasmos musculares dolorosos e pode ser fatal se não tratado adequadamente. 6. Infecções de pele e mucosas: A exposição prolongada à água suja pode causar diversas infecções de pele, como dermatites e micoses. Além disso, cortes e feridas são mais suscetíveis a infecções bacterianas. A prevenção dessas doenças pós-enchentes envolve medidas de saneamento básico, tratamento adequado da água, campanhas de vacinação (como contra a leptospirose e o tétano) e a eliminação de criadouros de mosquitos. É essencial que as autoridades de saúde e a população trabalhem em conjunto para mitigar os riscos e promover a recuperação das áreas afetadas, garantindo condições seguras de higiene e saúde para todos. Explica o biólogo Alessandro Dias Leite
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